Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

E-mail: lostforest80@gmail.com

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Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

31 agosto 2006

It's getting better

Beatles é a única banda capaz de me fazer cantarolar pelo meu colégio afora.
E eu o fiz hoje. Tenho certeza que muitos estranharam quando viram um menino andando com seu discman pelo pátio, cantando "Happiness Is A Warm Gun"...
Na sala de aula, eu ouvi metade do Sgt. Pepper's LHCB. Existe algo mais animador (pelo menos nas músicas deles da fase psicodélica) do que "Getting Better", a faixa 4 do mesmo?

Quero diversificar meu cardápio musical. Estou atrás de bandas de rock gótico, indie, shoegaze e eletrônico "do bom". Sugestões, é só mandar um comentário, hehe.

29 agosto 2006

Play for today!

Comprei! Comprei! Comprei o CD do Staring At The Sea, do The Cure!
Desejava há tempos esta compilação dos singles feitos entre 1979 e 1985 por essa grande banda de rock alternativo britânico.
Ainda compro CDs originais de bandas das quais eu realmente goste. Com Cure não poderia ser diferente, ainda mais porque esse álbum abrange canções das tendências musicais mais distintas deles: o punk existencialista (Killing An Arab), canções inocentes sobre fracassos amorosos (10:15 Saturday Night, Boys Don't Cry), a ambientação soturna (A Forest, Play For Today), a melancolia da fase gótica (Charlotte Sometimes, The Hanging Garden), um período serelepe e 'quase gay' (The Walk, The Lovecats) e o início da guinada para o pop alternativo (In Between Days, Close To Me).
Robert Smith foi uma das mentes mais criativas do rock nos anos 80. O The Cure, liderado por ele, compôs, ao lado do Joy Division e de The Smiths, a "santíssima trindade do post-punk" (desculpe para quem gosta de Siouxsie, Bauhaus, Echo and the Bunnymen, Gang of Four, etc, mas as três que eu citei são as mais aclamadas, influentes e importantes). Até hoje a influência da banda permanece explícita, tanto entre indies quanto entre góticos (duas tribos musicais que, em comum, têm o amor ao Cure).
E lembrem-se da paranóia de A Forest - "Suddenly I stop, but I know it's too late... I'm lost in a forest, all alone... The girl was never there, it's always the same. I'm running towards nothing, again and again and again..."

27 agosto 2006

Rock In Sopa III: o que eu achei dele

1. Só vi as 7 primeiras bandas, mas nenhuma delas foi mais do que medíocre. Um rockzinho mais do mesmo, nada que eu já não tenha ouvido na minha vida. Pena que as melhores bandas que tocariam no dia (Rústica, Calvin, The Envy Hearts) eu não pude ver, pois...

2. Tive de ir embora 23h, já que eu tinha que dormir mais cedo para estar disposto para a prova do ENEM, a qual eu tive hoje e que, caso você queira saber mais sobre ela, leia em Racio Símio.

3. O que salvou o dia foi o segundo DJ da noite (a primeira disc-jocquey só tocava rock pesado e punk. Dos CDs que eu trouxe - sim, eu continuo com essa mania -, ela só tocou quatro músicas - "Warsaw" do Joy Division, "Helter Skelter" dos Beatles, "Should I Stay Or Should I Go" do Clash e "Lounge Act" do Nirvana). Ele gosta de pós-punk e indie rock, e tocou "Isolation" e "Passover" do JD, "A Perfect Kiss", "Blue Monday" e "Bizarre Love Triangle" do New Order e "Boys Don't Cry" do Cure. Pena que eu não tive a oportunidade de ficar lá por mais tempo, provavelmente ele ou o terceiro DJ da noite tocariam mais pop eletrônico dos anos 80...

4. A estrutura estava bem bacana, com direito a gelo seco, tudo muito decorado, organização da rádio 97 FM, policiamento, etc.

5. Em suma, esse Rock In Sopa não foi tão legal quanto o do ano passado (falei sobre ele lá nos primórdios de Racio Símio, neste post). Esperava mais. Em um festival de rock no qual o DJ é melhor que as bandas em si, é sinal de que alguma coisa está errada.

25 agosto 2006

High fidelity

Daqui a pouco eu vou ouvir Suicide, aproveitando a indicação que o Nick Hornby fez a respeito de tal banda em "31 canções".
Aliás, também irei procurar por outras músicas que ele citou no livro, o qual, por sinal, é muito bom.

Amanhã tem Rock In Sopa. O do ano passado foi o primeiro festival de rock alternativo em que eu fui, e gostei muito. Se essa edição tiver 50% da qualidade da primeira que eu fui, já sairei satisfeito.
Além disso, parece que vai ter discotecagem de rock lá... fiquei bem curioso a respeito disso.

Atualização: Suicide é muito bom. Impressionante o som deles. Assustador, soturno, "perigoso" (segundo Hornby)... adorei. Recomendo "Ghost Rider", "Johnny" e "Frankie Teardrop".

13 agosto 2006

A ceremony in a lonely place

Hoje, faz um ano que eu comecei a ouvir Joy Division. [Vide este post]
Poucas bandas marcaram tanto a minha vida como essa. Titãs foi a primeira desse seleto grupo, entre 96 e 99, sendo seguido pela Legião Urbana, entre 2000 e 03, e os Beatles, que desde que eu comecei a ouvir pra valer, em setembro de 2003, são a minha banda favorita - além do mais, eu não consigo imaginar meus 14 anos de idade sem me lembrar de tanto que eu ouvi o Fab-Four.
Já o Joy Division marcou o meu 15º ano de vida. Já tinha ouvido falar deles em um Top Top MTV que eu tinha visto no final de 2004, e, semanas depois, li um texto no Omelete sobre o Substance do New Order, e, obviamente, referências ao JD foram feitas. Mesmo assim, eu sempre me esquecia de baixar músicas deles - nos primeiros sete meses de 2005, eu estava musicalmente mais ocupado conhecendo o indie rock (me iniciei nele com três bandas - Pixies, Franz Ferdinand e Velvet Underground) e ouvindo clássicos, como Led Zeppelin, The Clash e The Doors.
Quando dois colegas meus de escola que gostam de post-punk me falaram sobre JD e Smiths em 12/Ago/05, imediatamente eu me lembrei das duas (eu já tinha ouvido elogios sobre a banda de Morrissey e Marr há algum tempo), e comecei a baixar a segunda já naquele dia, e a "Divisão da Alegria", na manhã do dia seguinte, um sábado. Foi amor à primeira ouvida? Creio que sim. Me encantei de imediato com as "4 músicas básicas" deles - a bela Love Will Tear Us Apart, a densa Atmosphere, a frenética Transmission e a sombria She's Lost Control. Ainda no mesmo dia, baixei, além de algumas do New Order (como Blue Monday e Temptation - a Bizarre Love Triangle eu já conhecia há tempos), outras do Joy, e fiquei encantado com Isolation, Shadowplay, Disorder, Heart And Soul, Warsaw...
Um mês depois, usei a banda como pano de fundo de uma das minhas melhores redações escolares. Tirei 10 nela, com um final trágico, com o casalzinho protagonista se suicidando (aliás, narrações com esse tipo de desfecho são sempre mais valorizada pelos corretores). Além disso, gravei várias coletâneas em 1 cd até chegar, no mês seguinte, a uma que parecia ser a definitiva. Parecia. Em 02/11, eu gravei um CD duplo, com praticamente todas as canções deles. Fiz um remake dela há uns 4 meses atrás, e em junho, fiz a que (por enquanto) é a mais perfeita seleção deles que eu já fiz, usando como critério a ordem cronológica - o CD1 abre com o punk de Warsaw e fecha com a paranóia de Something Must Break, e o CD2 tem (a já citada) Atmosphere como faixa 1, e a sintética As You Said como a última.
Joy Division não é uma banda para qualquer um, isso é verdade. Não são poucos os que a rotulam de maneira simplista, especialmente como banda "nazista", "gótica" ou "deprê". Nem é preciso dizer que as pessoas que dizem isso são muito superficiais, e ignoram fatos como 1 - A certa admiração que Ian e Bernard tinham pelo nazismo e sua vontade de poder (nietzscheana, diga-se de passagem) não fazia deles necessariamente panfletários de tal ideologia (se fosse assim, só porque eu acho Maquiavel legal, eu seria maquiavélico, tsc); 2 - Eles adoravam sutilezas polêmicas; 3 - Claro que o JD é bem soturno e dark em várias músicas, mas gótico é algo muito limitado para descrevê-lo, até mesmo porque, no visual e na atitude, eles eram quase que indies-alternativos; 4 - As letras de Ian eram perturbadas, mas também existencialistas e cheias de referências literárias, e as melancolia sonora foi construída pela produção de Martin Hannett, que conseguiu melhorar consideravelmente músicas cheias de potencial, como Shadowplay, Love Will Tear Us Apart, Digital e Decades.
Como vocês sabem, o meu top 10 de favoritas da banda é encabeçado Isolation, por motivos que eu já estou cansado de explicar, e o meu disco favorito é o Closer, que já foi resenhado no Racio Símio.
Para encerrar o texto, nada como versos clássicos dos caras (será que vocês conseguem adivinhar a música?): "But if you could just see the beauty, these things I could never describe. These pleasures [are] a wayward distraction, this is my one lucky prize".

12 agosto 2006

Darks, mas não clichês

Quando eu menos esperava, a raça dos indies me presenteou com uma banda que presta. Ainda bem, já estava cansado daquelas centenas de bandas parecidas entre si.
Estou falando de I Love You But I've Chosen Darkness. O nome (muito bizarro e bacana, por sinal) já indica as intenções deles - canções darks e soturnas. E felizmente, isso não significa "outra bandinha indie que copia The Cure Joy Division, Depeche Mode, etc". Pelo contrário. O Chosen Darkness conseguiu fazer um disco sombrio, mas com várias sacadas interessantes, atmosferas que não caem no lugar-comum. As prováveis influências deles são justamente o B-side do rock inglês dos anos 80 e início dos 90, principalmente o shoegaze. Mesmo assim, eles o fazem sem que isso soe como cópia gratuita.
A primeira faixa, "The Ghost", abre magistralmente o disco (a minha preferida, por enquanto). Em seguida, dois petardos que conciliam acessibilidade com experimentalismo - "According To Plan" e "Lights". Já "Today" e "We Choose Faces" se completam. "Last Ride Together" mantém o bom nível, e a tristeza aumenta com "At Last Is All" e "Long Walk". "Dash" é mais ou menos o que quero fazer no futuro com o Sofisma Burlesco. "Fear Is On Our Side" parece música ambiente, e a faixa final é a louca e grudenta "If It Was Me".
O I Love You But I've Chosen Darkness não é uma banda expecional, que vai mudar o rock, etc, mas fez um disco de estréia competente, e, comparado a "When You Go Out", principal música do EP deles, de 2003 e produzido pelo Spoon, é notável o jeito como eles se desgarraram de rótulos fáceis, como o famigerado indie-nostálgico. Eles provaram que é possível, sim, um som sombrio com personalidade e sem apelar para o joy-divisioniano, o the-cureano ou o depeche-modeano.

07 agosto 2006

Show do New Order no Brasil...

... e há boa chance de eu poder ir. Talvez eu possa comprar o ingresso até a próxima 6ª para o show do dia 13/11 em SP.
Caramba, New Order é uma das raríssimas bandas em atividade que eu faria de tudo para assistir a um show. Ainda mais porque eles andam tocando músicas do Joy Division nas suas últimas apresentações... Eu terei um infarto se tocarem Isolation! É sério! =D

02 agosto 2006

Ego

I Wanna Be Adored, dos Stone Roses

Poucas músicas resumem melhor o que é o egocentrismo como essa.

I don't have to sell my soul
He's already in me
I don't need to sell my soul
He's already in me
I wanna be adored (x2)

I wanna be adored (x2)

Adored
I wanna be adored
You adore me (x3)
I wanna (x2)
I wanna be adored
I wanna (x2)
I wanna be adored
I wanna (x2)
I wanna be adored
I wanna (x2)
I gotta be adored

I wanna be adored

Ah, estou sem criatividade nos últimos dias. Sorry.