Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

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Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

28 dezembro 2006

Da Funk of Daft Punk

Considerada uma das melhores bandas de dance music ou techno ou house ou, enfim, música eletrônica dos últimos anos, tanto por crítica (olha eu aqui!) quanto por público (vocês), o Daft Punk é uma das coisas mais interessantes e criativas que já apareceu no mundo da eletrônica desde, hum, Kraftwerk (os papais de tudo) e New Order (os filhos mais velhos que deram senso melódico e 'danceability'). Sem exageros.
A banda honra a tradição dos 'technistas' e 'housistas' de lançar discos com uma grande distância temporal. No caso do DP, é de 4 anos - Homework (97), Discovery (01) e Human After All (05). Claro que é um saco ter que esperar tanto tempo por novos trabalhos, mas se tratando de material de tamanha qualidade, é até justificável. Além do mais, isso possibilita o surgimento de novas gerações de fãs. Eu ainda não sei em qual delas eu estou - eu curtia bastante os videoclipes deles que assistia em 2001-02, mas não chegava a ser um fã. Nesse ano de 2006, no entanto, resolvi começar a ouvir mais dance music, e, obviamente, o Daft Punk seria um dos primeiros da lista de 'bandas para baixar'. E não me arrependi - viciei-me rapidamente pelo som deles, que entraram no meu top 50 do last.fm com uma rapidez espantosa.
Vamos agora fazer uma breve análise de cada um dos três álbuns da banda:

HOMEWORK (Janeiro/1997)
Um debut impressionante. É o "futuro do presente", afinal, já na metade dos anos 90 o duo francês foi pioneiro em uma sonoridade que iria ser 'mainstream' na década seguinte. O LCD Soundsystem não diz "Daft Punk is playing in my house" por acaso, a influência de Homework na música eletrônica (pós) moderna é inegável, devido à sua interessante mistura de house, techno, electro e até acid house.
A melhor faixa do disco (e o single que estourou a banda nas paradas européias) é "Da Funk", mas há vários outros destaques, como o hit "Around The World", as ótimas "Teachers" e "Revolution 909" e outras coisas bem legais como "Alive", "Burnin'" e "Phoenix". Na minha opinião, este é o melhor dos 3 trabalhos do Daft Punk.

DISCOVERY (Março/2001)
A banda dá uma guinada enorme na sua sonoridade, e se aproxima do synth pop. O resultado é o CD mais acessível e comercial deles, que vendeu mais de 4 milhões de cópias no mundo inteiro e chegou ao segundo lugar dos tops de álbuns na Inglaterra. Portanto, esse é o "presente", pois contém músicas com as quais as massas do ano 2001 se identificaram.
É nesse álbum que está a 'trilogia' "One More Time" (maior hit da banda até hoje, foi sucesso até aqui no Brasil), "Aerodynamic" (destaque para o solo de 'guitarra') e "Digital Love" (talvez a melodia mais bela que eles já fizeram). Também se sobressaem "Harder, Better, Faster, Stronger", "Something About Us", "Short Circuit" e "Face to Face". Ah, procure pelo filme de animação "Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem" pra contextualizar com algumas faixas do Discovery.

HUMAN AFTER ALL (Março/2005)
Gravado em apenas 6 semanas, é o álbum deles que mais dividiu opiniões. Não agradou tanto a crítica (eu!) como Homework ou o público (vocês!) como Discovery, mas não deixa de ser um ótimo trabalho, sendo, dos 3, o "futuro do pretérito", com várias referências ao estilo do Kraftwerk na sonoridade, um futurismo que pode soar (intencionalmente) não-futurista e datado, além das vestimentas que parecem saídas de um 'filme de ficção científica do século 20 sobre como seria o século 21'.
Algumas faixas são bem estranhas, como "The Prime Time Of Your Life" e "The Brainwasher", mas Human After All tem quatro petardos dançantes que são à prova de qualquer comentário mal humorado sobre ele (por exemplo, o de que é um disco repetitivo): "Robot Rock", "Technologic" (que conta com um dos clipes mais bacanas do Daft Punk), "Television Rules The Nation" e a faixa-título.

Para encerrar a matéria, duas últimas dicas - se quiser uma compilação do melhor do trabalho deles, recomendo a coletânea MUSIQUE VOL. 1 (1993-2005), que é um CD que compila todos os singles da banda e vem como bônus um DVD com vários clipes. Imperdível.
Outra coisa - na internet há vasto material sobre o filme que eles divulgaram no Festival de Cannes, "Daft Punk's Electroma". Os (sortudos) que já assistiram garantem que ficou sensacional.

Mais sofismas...

 

 



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