Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

E-mail: lostforest80@gmail.com

Meu Orkut
Perfil completo

 

 

 

Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

28 outubro 2006

Top 10 de melhores de cada banda - parte 3

Na série de hoje, só roqueiros clássicos. Todos surgiram entre a metade dos anos 60 e o final dos anos 70.

PINK FLOYD
1. Speak On Me/Breathe
2. Money
3. Another Brick In The Wall Part II
4. See Emily Play
5. Time
6. Mother
7. Shine On You Crazy Diamonds (Parts 1-7)
8. Echoes
9. Astronomy Domine
10. Let There Be More Light

THE DOORS
1. Break On Through (To The Other Side)
2. Love Me Two Times
3. People Are Strange
4. Light My Fire
5. Love Her Madly
6. The End
7. Roadhouse Blues
8. Riders On The Storm
9. Hello, I Love You
10. The Unknown Soldier

LED ZEPPELIN
1. Dancing Days
2. The Song Remains The Same
3. Stairway To Heaven
4. No Quarter
5. All Of My Love
6. D'yer Mak'er
7. Whole Lotta Love
8. Communication Breakdown
9. Moby Dick
10. Black Dog

DAVID BOWIE
1. Starman
2. Warszawa
3. Queen Bitch
4. Space Oddity
5. Changes
6. Ziggy Stardust
7. Ashes To Ashes
8. Under Pressure
9. Heroes
10. Sound And Vision

U2
1. Seconds
2. Sunday Bloody Sunday
3. One
4. Gloria
5. I Still Haven't Found What I'm Looking For
6. Pride (In The Name Of Love)
7. New Year's Day
8. With Or Without You
9. Beautiful Day
10. Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me

26 outubro 2006

Top 10 de melhores de cada banda - parte 2

Vamos falar hoje de cinco bandas norte-americanas que eu adoro. Todas elas são influências fundamentais no rock alternativo das últimas duas décadas.

PIXIES
1. Bone Machine
2. Break My Body
3. Debaser
4. Tame
5. Where Is My Mind?
6. Ana
7. Monkey Gone To Heaven
8. Gigantic
9. Broken Face
10. I've Been Tired

SONIC YOUTH
1. Sugar Kane
2. Sunday
3. 100%
4. Teen Age Riot
5. Dirty Boots
6. Screaming Skull
7. Youth Against Fascism
8. Schizophrenia
9. My Friend Goo
10. Candle

NIRVANA
1. Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle
2. Lounge Act
3. Smells Like Teen Spirit
4. All Apologies
5. Pennyroyal Tea
6. Lithium
7. About A Girl
8. Dive
9. Come As You Are
10. Scentless Apprentice

PAVEMENT
1. Shady Lane
2. Unfair
3. Flux=Rad
4. Stereo
5. Grave Architecture
6. Rattled By The Rush
7. Spit On A Stranger
8. In The Mouth A Desert
9. Cut Your Hair
10. Range Life

THE SMASHING PUMPKINS
1. Ava Adore
2. 1979
3. Cherub Rock
4. Drown
5. Thirty-Three
6. Perfect
7. Rhinoceros
8. Bullet With Butterfly Wings
9. Zero
10. Today

24 outubro 2006

Top 10 de melhores de cada banda - parte 1

Para começar a série, cinco bandas britânicas. As duas primeiras, apesar de serem oitentistas, praticamente inventaram o indie rock inglês que estouraria nos anos 90, apesar de uma ser mais ligada ao pós-punk e a outra, à Madchester. A terceira e a quarta são as principais do britpop, e a quinta é quase que um pós-britpop.
Ah, a listas são COMPLETAMENTE INTIMISTAS, é puramente opinião pessoal, sem nenhum rigor científico. E foi um sacrifício enorme tirar algumas músicas ótimas de cada banda.

THE SMITHS
1. Death Of A Disco Dancer
2. Bigmouth Strikes Again
3. Sheila Take A Bow
4. How Soon Is Now?
5. Unhappy Birthday
6. Cemetry Gates
7. This Charming Man
8. Girlfriend In A Coma
9. Ask
10. Pretty Girls Make Graves

THE STONE ROSES
1. I Wanna Be Adored
2. Made Of Stone
3. She Bangs The Drums
4. I Am The Resurrection
5. Elephant Stone
6. So Young
7. Waterfall
8. Fools Gold
9. What The World Is Waiting For?
10. Ten Storey Love Song

BLUR
1. It Could Be You
2. Girls & Boys
3. Song 2
4. Coffee And TV
5. For Tomorrow
6. There's No Other Way
7. Parklife
8. Beetlebum
9. Chinese Bombs
10. No Distance Left To Run

OASIS
1. Roll With It
2. Married With Children
3. Supersonic
4. Stand By Me
5. Cigarettes & Alcohol
6. Go Let It Out
7. Hello
8. Wonderwall
9. Live Forever
10. D'You Know What I Mean?

FRANZ FERDINAND
1. The Dark Of The Matinée
2. Jacqueline
3. Darts Of Pleasure
4. Outsiders
5. The Fallen
6. Take Me Out
7. Tell Her Tonight
8. You're The Reason I'm Leaving
9. Do You Want To
10. Walk Away

18 outubro 2006

5 letras de canções "à la Kaio"

Ok, 4 dessas 5 músicas estão entre as minhas dez preferidas em todos os aspectos, incluindo musicalidade, mas esse top 5 focará as letras delas e seus respectivos sentidos na minha vida. Post simultâneo para Racio Símio e Sofisma Burlesco, por falar de música e intimidade ao mesmo tempo.

I Am The Walrus, dos Beatles: me sinto identificado com a loucura e cinismo que ela expressa... "Espertos escritores, sufocantes fumantes, vocês não acham que um brincalhão sorri para você? ". Além disso, ela é agressiva e egocêntrica. "Eu sou a morsa" seria quase que um "eu me sinto como se fosse Deus”.

Isolation, do Joy Division: expressa bem o que seria o Anfisismo, sendo duas músicas ao mesmo tempo, mas que ao se completarem adquirem um peso imenso. A primeira é uma reflexão pertinente sobre o isolamento das pessoas, e sugere através das pancadas dançantes da bateria que a melancolia é, sim, algo dançável. A segunda é um retrato doído das conseqüências da solidão. além disso, em um trecho ele fala que vive em uma "cegueira que beira à perfeição, mas machuca tanto quanto qualquer outra coisa".

A Forest, do The Cure: perfeita pra definir meu lado mais nostálgico e pessimista, assumido após desilusões. "De repente, eu paro, mas já sei que é tarde demais. estou perdido em uma floresta, totalmente sozinho. a garota nunca esteve lá. é sempre a mesma coisa - eu corro atrás de nada, novamente."

Metal Contra As Nuvens, da Legião Urbana: expressa como a minha mente éuma montanha-russa. Começa sonhadora e poética; depois fica possessiva; em seguida, irada, pessimista, com o eu-lírico se sinto traído e colérico por dentro. Depois, ele reflete sobre a vida, mas ainda sem esperanças. Porém, passa a se confortar com algumas situações e a estar mais esclarecido. No final, eu justamente passo a ver as coisas ainda com uma pontinha de idealismo otimista. E dessa vez, com esperança.

Bizarre Love Triangle, do New Order: define como eu me sinto em qualquer situação na qual estou apaixonado por uma garota, ou simplesmente idealizando-a. "Sempre que fico assim, eu simplesmente não sei o que dizer, por que não podemos ser nós mesmos como éramos ontem?" e "Estou esperando pelo momento final em que você dirá as palavras que eu não posso dizer" são trechos que demonstram bem isso.

12 outubro 2006

Sobre o Circuito Decibélica, no qual eu fui ontem:

Sinto que existem tantas pessoas parecidas umas com as outras nesse ambiente roqueiro de Goiânia...
(Ah, texto escrito sob a forma de prosa espontânea, ontem, em uma folha de papel, lá pelas 23h)
A juventude da década '00 é muito hedonista. Eu, de certa maneira, me incomodo com isso. Eles se divertem, bebem, fumam, ficam, transam, brigam, se reconciliam, riem, choram, sentem prazer, sentem dor... E eu me sinto meio que alheio a tudo isso.
OK, há sempre um momento no qual eu danço em algum dos shows. Também costumo encontrar alguns amigos e converso com eles por vários minutos, etc. Porém, ainda sinto uma pitada de insatisfação. Eu não consigo me distrair como a maioria das pessoas. Não é timidez. Talvez seja mau humor mesmo... Como adoro dizer, sou um puritano - não bebo, não fumo, não beijo, não namoro, não brigo, não choro...
Queria eu compreender o porquê de eu não seguir esse clichê do público que curte rock. Suspeito que prevalece aqui a relação teoria x prática: tenho um gosto musical relativamente amplo, apesar de ainda ser muito averso à MPB. Talvez seja só implicância... Bem, mas no geral, gosto de muita coisa - eletrônica, post-punk, punk, new wave, indie, rock clássico, música clássica, jazz, shoegaze... mas... sou muito autoritário. Se as coisas (músicas) não são como eu quero, logo eu fico bravo e entediado. Nos festivais de rock, então, a coisa é mais séria. Não costumo puxar conversa com qualquer um - geralmente bato papo com alguns amigos, fico andando de um lado para o outro, discuto política com boêmios, encho o saco do (pseudo) DJ para que ele toque as músicas que eu quero, tento me isolar em alguns momentos da humanidade...
É, esse foi mais um dia na vida de Kaio em um festival de rock "alternativo".

02 outubro 2006

Pança de mamute

Review resgatado de um blog antigo que eu tinha. Publicado em 5 de Agosto de 2005.

O que esperar de uma banda cujo maior hit até o momento era “Sonífera Ilha”? O primeiro disco da banda era mediano, e faixas que viraram clássicos posteriormente (com as versões ao vivo, em 1988), como “Marvin” e “Go Back”, não tinham bons arranjos. Já o segundo LP era razoável, e contava com as ótimas “Autonomia”, “Televisão” e “Massacre”. Mas o octeto (!) paulista parecia ter potencial para fazer mais do que aquilo. A resposta foi Cabeça Dinossauro.
Esse álbum é tão incrível e influente que ele provou, definitivamente, que os brasileiros sabiam fazer Rock dos bons. Claro que antes dele vieram os Secos e Molhados e os Mutantes, duas bandas sensacionais, e a Legião Urbana e o RPM se deram bem com suas estréias no ano anterior. Mas foi realmente em julho de 1986 que o Brasil provou a sua capacidade roqueira.
O terceiro LP dos Titãs é aberto pela faixa-título. É uma canção pesada, um bate-estaca com versos que parecem um ritual indígena (e, por incrível que pareça, são mesmo – rito dos xingus contra os maus espíritos). Em seguida, temos a divertida “AA UU”, que divaga sobre o cotidiano patético dos jovens. “Igreja” é a mais polêmica de todas, com sua letra que soa como um hino dos ateus por trás de um Rock irado. “Polícia” ataca outra instituição, e mantém em progresso a fúria do álbum. “Estado Violência” é uma das mais sérias e bem-feitas. “A Face do Destruidor” é um Hardcore de quarenta segundos que reflete sobre a cultura da destruição.
“Porrada” já se entrega no título: a banda clama pelo uso da violência contra os grupos sociais famigerados, como os políticos e os advogados. “Tô Cansado” é uma triste, porém agressiva música sobre o tédio da juventude. “Bichos Escrotos”, com seu bom humor, seu peso e sua escatologia, foi até censurada na época. “Família”, apesar de mais calma e pop, também pega pesado na letra. “Homem Primata” critica a sociedade capitalista e a irracionalidade do ser humano. “Dívidas” tem seu ponto forte nos versos, ao contrário de “O quê”, que conta com um ritmo alucinante e dançante.
Se, atualmente, os Titãs já não são aquela coisa, antigamente os caras eram a melhor banda de Rock que havia no Brasil. Ouça Cabeça Dinossauro, e veja as raízes Punk do conjunto.