Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

E-mail: lostforest80@gmail.com

Meu Orkut
Perfil completo

 

 

Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

02 outubro 2006

Pança de mamute

Review resgatado de um blog antigo que eu tinha. Publicado em 5 de Agosto de 2005.

O que esperar de uma banda cujo maior hit até o momento era “Sonífera Ilha”? O primeiro disco da banda era mediano, e faixas que viraram clássicos posteriormente (com as versões ao vivo, em 1988), como “Marvin” e “Go Back”, não tinham bons arranjos. Já o segundo LP era razoável, e contava com as ótimas “Autonomia”, “Televisão” e “Massacre”. Mas o octeto (!) paulista parecia ter potencial para fazer mais do que aquilo. A resposta foi Cabeça Dinossauro.
Esse álbum é tão incrível e influente que ele provou, definitivamente, que os brasileiros sabiam fazer Rock dos bons. Claro que antes dele vieram os Secos e Molhados e os Mutantes, duas bandas sensacionais, e a Legião Urbana e o RPM se deram bem com suas estréias no ano anterior. Mas foi realmente em julho de 1986 que o Brasil provou a sua capacidade roqueira.
O terceiro LP dos Titãs é aberto pela faixa-título. É uma canção pesada, um bate-estaca com versos que parecem um ritual indígena (e, por incrível que pareça, são mesmo – rito dos xingus contra os maus espíritos). Em seguida, temos a divertida “AA UU”, que divaga sobre o cotidiano patético dos jovens. “Igreja” é a mais polêmica de todas, com sua letra que soa como um hino dos ateus por trás de um Rock irado. “Polícia” ataca outra instituição, e mantém em progresso a fúria do álbum. “Estado Violência” é uma das mais sérias e bem-feitas. “A Face do Destruidor” é um Hardcore de quarenta segundos que reflete sobre a cultura da destruição.
“Porrada” já se entrega no título: a banda clama pelo uso da violência contra os grupos sociais famigerados, como os políticos e os advogados. “Tô Cansado” é uma triste, porém agressiva música sobre o tédio da juventude. “Bichos Escrotos”, com seu bom humor, seu peso e sua escatologia, foi até censurada na época. “Família”, apesar de mais calma e pop, também pega pesado na letra. “Homem Primata” critica a sociedade capitalista e a irracionalidade do ser humano. “Dívidas” tem seu ponto forte nos versos, ao contrário de “O quê”, que conta com um ritmo alucinante e dançante.
Se, atualmente, os Titãs já não são aquela coisa, antigamente os caras eram a melhor banda de Rock que havia no Brasil. Ouça Cabeça Dinossauro, e veja as raízes Punk do conjunto.

Mais sofismas...

 

 

Cabeça mudou minha vida. Nunca me esquecerei da noite em que o ouvi pela primeira vez. O que pega é que copiaram algumas coisas da Mercenárias, mas eu perdôo.

Que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é, ser o que não é!

Minha favorita é A Face do Destruidor e a Faixa Título. Pós-punk de primeira linha.

O arnaldo não cantava igreja, saia até do palco, sabia??? hahaha =P

Postar um comentário



[ << Home] [Imprimir Post]