:Sofisma Burlesco:

Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

29 maio 2006

Come closer and see...

Nunca pensei que uma canção de uma banda que eu gosto dissesse tanto sobre mim, quanto "A Forest" (Cure).
1. Somem a minha desilusão amorosa, relatada nesse post.
2. Adicionem o fato de que eu também costumava sonhar que estava em uma floresta com ela, aos 10 anos de idade.
3. Coloquem pitadas de linguagem metafórica. Eis a canção:

Come closer and see
See into the trees
Find the girl
If you can

Come closer and see
See into the dark
Just follow your eyes
Just follow your eyes...

I hear her voice
Calling my name
The sound is deep
In the dark

I hear her voice
And start to run

Into the trees
Into the trees...
Into the trees!

Suddenly I stop
But I know it's too late
I'm lost in a forest
All alone

The girl was never there
It's always the same
I'm running towards nothing
Again and again and again and again...

# 17:33 2 Sofismas

27 maio 2006

Poemas do Sofisma Burlesco - parte 2

Os dois primeiros são idiossincráticos e subjetivos. Já o terceiro servirá para fechar os shows em um clima mais otimista:

EGOMANIA

Tentei de tudo para mudar
Mas não dá
Sou um egoísta
Só ouço o meu ponto de vista
Pouco posso fazer por você
Não é uma questão de querer
Meu ego é gigantesco
É um universo burlesco

Não adianta, é verdade
Uma realidade sem igual
Prefiro a minha felicidade
Do que a paz mundial
Um mundo paralelo
Um charlatão sincero
Eu tenho a razão, eu tenho a emoção
Eu tenho a noção
E quero tudo ao mesmo tempo, e agora

Não me venha com seu papo moralista
A minha ideologia é completamente mista
Eu cansei de esconder minha auto-estima
Agora é pra valer, mas eu não tenho mais rima

PSEUDO-INTELECTUAL

Eu leio Nietzsche, Freud e Kant
Mas, no fundo, sou um pedante
Me considero um filósofo
Embora meu cérebro só tenha mofo
Já tentei escrever um ensaio
No qual provaria ser um lacaio
Quero que todos me compreendam
Não digam que não me entenderam!

Sou um pseudo-intelectual
Quase um animal irracional
Sou um pseudo-intelectual
Ainda acho que sou o maioral

Juro que curto psicanálise
Só que nem sei o que é prófase
Sonho em ser um erudito
Tudo que eu ouço, eu repito
Acho que tudo é decadente
Vou morrer como indigente
Livros são minha paixão
Um refúgio pra falta de razão!

MELHOR

Apesar de tudo
Do sofrimento mudo
Eu agora vou cantar
Algo contra o mal-estar

Nada vai ficar pior
A vida é um crescer
A oportunidade é uma só
Pare tudo para renascer

Pra quê chorar?
Não vá se magoar...
Pra quê depressão?
Existe no fundo uma razão.

Não diga que é pessimista
Que pose negativista
Inicie a maiêutica
Encontre sua própria ética

Descubra seu eu interior
O caminho pra evitar a dor
A força que há em cada ser
Pois querer é poder

Eu não quero ser falso
Já sofri também
A vida é um laço
Amarre-o, você é alguém

Alguém... Alguém que pode ser feliz
Ou quase isso... mas que pode encontrar o que sempre quis

Tudo vai ficar melhor
Refazer o conhecimento
Tudo vai ficar melhor
A partir desse momento

# 18:15 3 Sofismas

26 maio 2006

Poemas do Sofisma Burlesco - parte 1

Se eu montar uma banda, ela se chamará Sofisma Burlesco. Não foi à toa que eu escolhi esse nome pro blog. Eu já comecei a compor, mesmo ainda sendo o único integrante, hehe.
Os três "poemas" a seguir são a trilogia down do meu futuro primeiro álbum. Escrevi os três na escola, em situações diferentes, nas últimas duas semanas. Em comum, apenas a certa melancolia das letras. Bem, já falei demais. Leiam e comentem.

INTENSA CONFUSÃO

É tudo tão estranho
Será um mero sonho?
Algo sobrenatural
Por que me sinto mal?

Só mais um na multidão
Ou líder do mundo cão?
Alguém esquisito
Que vive no infinito?

Pesadelos me torturam
Pessoas me incomodam
Gritos são ouvidos
Bons momentos esquecidos

Não posso estar louco
É tudo um ruído rouco
De alguém que quer ter
Algo que não pode ser

Intensa confusão
Minha mente em difusão
Intensa confusão
Espero sair são

DEVANEIANDO

Eu vi aquela sombra
Parecia ser coisa macabra
Mas era só uma pessoa
Com uma alma boa!

Vultos me perseguem
Todos eles me querem
Criaturas podres e falidas
Que mentes tão espremidas!

Não sei mais o que temer
Ou a felicidade que só faz sofrer
Ou a tristeza que enobrece
Decadência, por que você não me esquece?

Melancolia é um combustível
A dor não é tão terrível
É sentimento até intrínseco
Nesse meu corpo tão seco!

O pessimismo acaba sendo ótimo
Me reconstruo nesse desatino
Se tudo é tão desgraçado
Vivo apenas pelo meu agrado!

COMO O VENTO

Sozinho na escuridão
As pessoas só me incomodarão
Todas perversas e idiotas
Gostaria que estivessem mortas

Fazem silêncio constrangedor
E barulho ensurdecedor
Sem você não vou sobreviver
Sem você vou me render

Não tenho a mais ninguém
Nem posso ir além
Preciso de você no momento
Me leve, como o vento

Tudo é tão repugnante
Não quero viver nem mais um instante
A vida só me enoja
Me libertem dessa corja

Só vivo de música e livros
É difícil encontrar amigos
Em mundo tão sofrível
Tornar-me-ei um ser horrível

# 23:05 6 Sofismas

Lost

Perdi meu login do meu Hotmail e do meu blog antigo. Alguém roubou, e eu até agora não sei quem. Deve ter entrado algum vírus no PC, ou alguém o hackeou, mas eu não faço a mínima idéia de quem seja.
Portanto, o blog Racio Símio está morto. Mas não completamente. Paulatinamente, irei republicar TODOS os textos dele (até com a data antiga) no meu novo blog, Sofisma Burlesco. Espero que as coisas dêem certo nesse novo blog.

# 21:15 0 Sofismas

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Come closer and see...

Poemas do Sofisma Burlesco - parte 2

Poemas do Sofisma Burlesco - parte 1

Lost