Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

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Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

27 julho 2006

Judy is a punk, Sheena is a punk rocker...

Falta pouco para que eu conclua a leitura do volume 1 de "Mate-me por favor" (Please Kill Me), livro cuja temática é a história do punk, através de relatos dos envolvidos com a cena.
No prólogo, a carreira dos pais de todo o rock alternativo pós-1967, o Velvet Underground, é relatada. Você fica sabendo que Nico era uma verdadeira (perdão pelo vocabulário) putona, Lou Reed era um andrógino bissexual, egomaníaco e brilhante, John Cale era o doidão experimental, Andy Warhol era um marqueteiro metido a vanguardista, e por aí vai.
Daí em diante, é só proto-punk e punk rock: Iggy Pop, MC5, New York Dolls, Patti Smith, Television, Ramones, Sex Pistols... mas a música não é o único protagonista - obviamente, sexo e drogas completam a trilogia, e "detalhes" não faltam. Groupies, orgias, "speed", heroína, overdoses e todo o tipo de excesso marcam presença maciça nas entrevistas.
Algumas passagens são chocantes, outras de deixar qualquer um enojado, e a maioria delas são simplesmente hilárias (por exemplo, quando Dennis Thompson, do MC5, respondeu às provocações do seu empresário John Sinclair: "Bem, John, você não passa de um hippie beatnik que foi preso duas vezes pelo mesmo tira com um bigode diferente. Ha, ha, ha.").
Outro fato notório é a vontade que o leitor passa, algo do tipo "Porra, eu queria estar lá com esses malas, sendo hedonista, revolucionando a sociedade e esbanjando loucura". Creio que, sem dúvidas, Jack Kerouac influenciou gerações e gerações com seu estilo de vida ora libertário / mochileiro, ora zen, provando que a vida era curta e deveria ser aproveitada. Claro que isso não vale para pseudo-intelectuais, pedantes e egomaníacos metidos a solitários como eu, mas, bem... hã, várias outras pessoas com (bem) mais atitude do que Kaio Felipe mudaram o mundo ao botarem na prática o que lhes desse na telha. "Eu não sei o que quero, mas sei como obtê-lo", diriam os Sex Pistols, "As crianças estão perdendo as suas mentes", segundo os Ramones", mas "As pessoas têm o poder", de acordo com Patti Smith.
Recomendo "Mate-me por favor" para todos aqueles que gostem de rock, cultura, comportamento social, história ou, enfim, queiram ler um livro divertido, interessante e viciante. São dois volumes (o segundo cobre o período 1976-1992, dos Sex Pistols ao Nirvana), cada um custando por volta de R$ 18,00. A editora é a L&PM Pocket, uma das minhas preferidas no ramo de livros de bolso.

P.S.: Mais detalhes do (s) livro (s) quando eu o (s) terminar.

Mais sofismas...

 

 

Hm, parece um bom livro msm...

Cara, Patti Smith é muito bacana. E Janis Joplin!

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