Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha. Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo. Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde. O cara é um poço de arrogância e megalomania. Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas. Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe. O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele. Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...

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Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades. Esse é o caminho - basta que vocês entrem.

10 junho 2006

O papel do subconsciente

(Antes do artigo de hoje, um comentário rápido: não atualizei o blog nos últimos 4 dias porque estou completamente ocupado com o PoliONU, uma simulação de um Congresso da ONU que ocorrerá no colégio Poliedro, em São José dos Campos, na semana que vem, dos dias 15 a 18. Meu colégio tem uma parceria com o Poliedro, e mandará 5 grupos contendo os alunos interessados. Eu estou no que defenderá a Alemanha, e peguei o comitê da OMC. Saí da inércia na última semana, por estar animado com a idéia de participar de algo que tem algo a ver com a minha futura carreira universitária. "Esquecer" o blog foi ótimo, afinal internet é coisa de gente ociosa, e fazer alguma coisa na vida é sempre interessante. Sem mais delongas, eis o post propriamente dito. Texto retirado de uma redação que eu fiz em 26/Maio e tirei 98, por ter construído alguns períodos muitos longos, mas que já estão corrigidos aqui.)

"O simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo". Apropriando-se da teoria do caos, o filme "Efeito Borboleta" (EUA, 2004) constrói a sua trama, que é, muito provavelmente, uma das mais geniais do cinema contemporâneo. O protagonista da película pode reconstruir a sua memória - mudando certos momentos de seu passado, ele altera todo o seu futuro. Pode soar um pouco desnecessário o comentário sobre o filme, mas a minha intenção é utilizá-la como ponto de partida para esse texto: afinal, será que mudaremos o amanhã se nos lembrarmos de ontem?
A maioria dos seres humanos conserva em sua memória os momentos mais marcantes de suas vidas, sejam eles bons ou ruins. Alguns fatos aparentemente tão corriqueiros, no entanto, podem ser guardados para sempre, como se fossem uma epifania, um momento de reflexão. Podemos até não aprender com nossos erros, mas eles ficarão eternamente lá, em nosso subconsciente.
Quando perdemos essa memória, é como se boa parte do que fomos e somos também se dissipasse. O esquecimento nos leva em direção ao vazio, como se fosse um niilismo. Por exemplo, ignorar a importância política do ato de um estadista anos atrás certamente nos levará a deixar que outro político destrua essa lembrança, ou mesmo a altere. Goebbels, quando disse que "Uma mentira contada mil vezes acaba se tornando uma verdade", reflete o contexto do nazismo, que aproveitou-se do desejo de vingança e do nacionalismo exacerbado alemão para criar uma ideologia racista e totalitária, que disseminou guerras, violência e muita destruição.
Outro que acertou em cheio ao comentar sobre essa deturpação do passado sócio-político foi George Orwell, através dos romances "1984" e "Revolução dos Bichos". Ambos fazem várias metáforas sobre a ditadura socialista da URSS, que utilizou-se da coerção, do terrorismo psicológico e da manipulação das informações para subjulgar sua população, a qual passou a ver o capitalismo e os inimigos do Estado (Trótski, por exemplo) como demônios a serem aniquilados, e o progresso soviético como uma verdade inabalável. Os poucos que se lembravam da realidade foram silenciados.
Devemos explorar ao máximo essa fantástico recurso que é a memória. Ignorar o papel dela na construção de nós mesmos e da sociedade é um passo decisivo para sermos enganados por charlatães e oportunistas. Estes farão de nós uma "massa de manobra", e levarão o mundo ao caos e à desordem sem escrúpulos, afinal, eles bem sabem que, quem conhece o passado, trabalha pelo presente e muda o futuro.

Mais sofismas...

 

 

É verdade, logo as fases de nossas vidas tornam-se algo que redunda assim que percebemos a grandeza de nossos atos. Ao certo, dissipar nossa memória seja um erro, mas creio eu com meus momentos já vividos (os tristes), afundar nos pensamentos torna-se algo tenebroso, bom pra ver os erros, mas o medo pode ser algo que impeça, ou que talvez leve à depressão. Não gosto de travar minha memória, sim que é necessário, mas não conseguimos (acho eu) alcançar esse auge de potencialização e totalização como você passa nesse texto.
Queria que fosse menos complexo isso tudo. "Efeito borboleta" mostra exatamente isso. Assim como uma solução também; a fuga para a conquista dos bens da memória é essencial.
Que pena.

(devaneios Bertollusticos)

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