|
Kaio Felipe:
Kaio é uma pessoa, no mínimo, estranha.
Ele é otimista e pessimista ao mesmo tempo.
Usa da auto-crítica para expor momentos de desespero e também para fingir que é humilde.
O cara é um poço de arrogância e megalomania.
Kaio é obcecado por rock. Joy Division, Beatles, The Cure, Velvet Underground, Depeche Mode, New Order, Pink Floyd, My Bloody Valentine e Suicide são algumas de suas bandas favoritas.
Ele também é apaixonado por literatura e filosofia, e seus escritores favoritos são George Orwell, Dostoiévski, Nietzsche, Schopenhauer, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Álvares de Azevedo e Goethe.
O rapaz é obcecado por relacionar canções a momentos de sua vida - "A Forest" é freudiana quando relacionada à desilusão amorosa que ele teve na pré-adolescência. "Metal contra as nuvens" é uma boa lembrança para ele de seus 12, 13 anos de idade. "Isolation" seria um reflexo do Kaio anti-social que foi se construindo com o tempo. E "I am the Walrus" é uma síntese da egomania dele.
Ah, outra coisa importantíssima sobre ele - Kaio adora falar em 3ª pessoa...
E-mail:
lostforest80@gmail.com
Meu Orkut
Perfil completo
|
Sejam bem-vindos a uma exibição de atrocidades.
Esse é o caminho - basta que vocês entrem.
12 agosto 2006
Darks, mas não clichês
Quando eu menos esperava, a raça dos indies me presenteou com uma banda que presta. Ainda bem, já estava cansado daquelas centenas de bandas parecidas entre si. Estou falando de I Love You But I've Chosen Darkness. O nome (muito bizarro e bacana, por sinal) já indica as intenções deles - canções darks e soturnas. E felizmente, isso não significa "outra bandinha indie que copia The Cure Joy Division, Depeche Mode, etc". Pelo contrário. O Chosen Darkness conseguiu fazer um disco sombrio, mas com várias sacadas interessantes, atmosferas que não caem no lugar-comum. As prováveis influências deles são justamente o B-side do rock inglês dos anos 80 e início dos 90, principalmente o shoegaze. Mesmo assim, eles o fazem sem que isso soe como cópia gratuita. A primeira faixa, "The Ghost", abre magistralmente o disco (a minha preferida, por enquanto). Em seguida, dois petardos que conciliam acessibilidade com experimentalismo - "According To Plan" e "Lights". Já "Today" e "We Choose Faces" se completam. "Last Ride Together" mantém o bom nível, e a tristeza aumenta com "At Last Is All" e "Long Walk". "Dash" é mais ou menos o que quero fazer no futuro com o Sofisma Burlesco. "Fear Is On Our Side" parece música ambiente, e a faixa final é a louca e grudenta "If It Was Me". O I Love You But I've Chosen Darkness não é uma banda expecional, que vai mudar o rock, etc, mas fez um disco de estréia competente, e, comparado a "When You Go Out", principal música do EP deles, de 2003 e produzido pelo Spoon, é notável o jeito como eles se desgarraram de rótulos fáceis, como o famigerado indie-nostálgico. Eles provaram que é possível, sim, um som sombrio com personalidade e sem apelar para o joy-divisioniano, o the-cureano ou o depeche-modeano.
|
|
|