Poemas do Sofisma Burlesco - parte 1

INTENSA CONFUSÃO

É tudo tão estranho
Será um mero sonho?
Algo sobrenatural
Por que me sinto mal?

Só mais um na multidão
Ou líder do mundo cão?
Alguém esquisito
Que vive no infinito?

Pesadelos me torturam
Pessoas me incomodam
Gritos são ouvidos
Bons momentos esquecidos

Não posso estar louco
É tudo um ruído rouco
De alguém que quer ter
Algo que não pode ser

Intensa confusão
Minha mente em difusão
Intensa confusão
Espero sair são

DEVANEIANDO

Eu vi aquela sombra
Parecia ser coisa macabra
Mas era só uma pessoa
Com uma alma boa!

Vultos me perseguem
Todos eles me querem
Criaturas podres e falidas
Que mentes tão espremidas!

Não sei mais o que temer
Ou a felicidade que só faz sofrer
Ou a tristeza que enobrece
Decadência, por que você não me esquece?

Melancolia é um combustível
A dor não é tão terrível
É sentimento até intrínseco
Nesse meu corpo tão seco!

O pessimismo acaba sendo ótimo
Me reconstruo nesse desatino
Se tudo é tão desgraçado
Vivo apenas pelo meu agrado!

COMO O VENTO

Sozinho na escuridão
As pessoas só me incomodarão
Todas perversas e idiotas
Gostaria que estivessem mortas

Fazem silêncio constrangedor
E barulho ensurdecedor
Sem você não vou sobreviver
Sem você vou me render

Não tenho a mais ninguém
Nem posso ir além
Preciso de você no momento
Me leve, como o vento

Tudo é tão repugnante
Não quero viver nem mais um instante
A vida só me enoja
Me libertem dessa corja

# 23:05 6 Sofismas